domingo, 24 de outubro de 2010

Ainda Jovens

Ainda somos jovens, não tememos o tempo
Nossa lei da atração ainda é sexual
Nós não temos medo nem das consequências
Nós não  nos guiamos pela nossa razão


Ainda somos fortes e esperançosos
Nos tornamos fracos na hora de amar
Não amamos muito, só o necessário
Até mesmo os fortes podem se queimar


Não somos nossas palavras mal interpretadas
Nós só somos vítimas do próprio azar
Nossas prioridades já não são as mesmas
Somos só humanos, podemos mudar...

sábado, 23 de outubro de 2010

Um pesadelo (No meu momento)

Tive um pesadelo do qual não acordava
Bocas se abriam e  não se ouvia palavras
Por mais que todos parecessem estar gritando
Amedrontado, eu fingia estar escutando

Quando acordei era eu quem estava sem palavras
Olhei pra fora e o mundo todo me chamava
Eu, cauteloso e preguiçoso, hesitava
O mundo todo, me chamando, me esperava
 
Mas não me espere, vou devagar
Ora a  hora passa, ora parece demorar
Não mais que eu, não mais do que meu tempo
Mas acontece que eu estou no meu momento

No meu momento de fugir do que não sou
Do que você quis, ou do que você esperou
Mas não me apresse, vou demorar
Se me conhece, é melhor não me apressar.

O verdadeiro medo

Não há medo de dizer,
Há medo da incompreensão.
Não há medo de ir,
Há medo do lugar.
Não tenho medo da escolha,
Tenho medo do erro;
E o medo de me arrepender me deixa arrependido.


Não tenho medo de você
E nem do seu olhar,
O medo é apenas de mim mesmo
Do que posso te fazer pensar.
Não tenho medo e tenho tanto medo ao mesmo tempo;
O medo é passageiro, dura a vida inteira, ou  apenas um momento.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um tanto quanto...



Se lhe faltasse um momento para ser,
Então, eu seria eu mesmo por você.
Sabia que eu me amo, não me amo e me desprezo?
Eu me interesso, me desinteresso e (não) me quero.
 
Um tanto dramático? Sim, esse sou eu!
Os meus sapatos estão gastos mas são meus!
De que adianta  fechar os olhos... (sonhar) e voar,
Se ao abri-los estará no mesmo  lugar?

Sabe procurar? Tem os pés no chão?
Quem não (se) procura está fadado à solidão.
Mas não à solidão de quem não tem a quem amar,
E, sim, àquela de quem nunca irá se encontrar.