segunda-feira, 6 de maio de 2013

Depois de Dormir

A diferença é o que nos torna indiferentes
Tanta mentira nos faz querer a verdade
Não é escolha acreditar ou não em algo
Tua ignorância é o que limita a ti mesmo

Será que é necessário deixar de pensar
E seguir algo que não evolui como a gente
Tu és Procusto e não aceito o seu convite
E estou imune a qualquer fascismo atraente

E a finitude não me assusta como antes
E essa concepção me tornou mais liberto
Sou reflexivo e diligente e um pouco lerdo
Reflexivo e diligente e um pouco lerdo

domingo, 2 de outubro de 2011

Ao Pobre Inocente


Mal sabia ler mas queria impressionar
Pôs-se a repetir o que um dia ouviu alguém falar
E pensamentos dos outros tornaram-se seus
Seus pensamentos eram poucos, mas pensava em Deus
Era tão puro e inocente. Maldade? Jamais!
Era tão fraco e carente, se feria demais
Pobre menino inocente, faça uma oração
De joelhos peça coragem, amor e mansidão

Quem sabe um dia Ele irá te ouvir
Quem sabe um dia começará a falar
Quem sabe um dia você viverá mais contente
Quem sabe um dia te deixarão menos inocente
Enquanto isso, não deixe de sorrir
Enquanto isso, não deixe de lutar
Enquanto isso, torcerei por você
Enquanto eu existir eu nunca irei te abandonar


sábado, 25 de junho de 2011

Vestígios de mim mesmo

Sentindo falta do que não tenho,
Do que nunca tive, ou posso nunca ter
Sentindo falta de acordar sem mágoa
Pois jamais esqueço o que me fez sofrer


Quero conquistar tudo o que almejo
Mas não tenho forças pra buscar
Deus, tenha piedade e me dê coragem
Pois já estou cansado de apanhar


Sou malditamente abençado 
Estou livremente aprisionado
Lentamente me rastejo contra o tempo
Procurando por vestígios de mim mesmo
Injustamente inocente e condenado
Sinto como se não devesse reclamar
Tem gente que está pior e eu estou bem
Tem gente que está melhor, mas que azar!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pequeno Pobre Coração

Em meio a tantos outros jeitos de fazer
Porque só aceita o que agrada a você
E ao seu pequeno pobre coração?

Em meio a tantos jeitos sutis de dizer
Por que ainda insiste nos que podem ofender
A alguém de nobre coração?

Não é preciso ser tão frágil para se ferir
Não é preciso ser tão bobo para rir
Mas é preciso ser egoísta demais
Pra não enxergar quem está ao lado

Não é preciso muitas linhas pra dizer

O que eu exatamente penso de você
E o meu silêncio permanecerá
Assim como os seus erros

domingo, 24 de outubro de 2010

Ainda Jovens

Ainda somos jovens, não tememos o tempo
Nossa lei da atração ainda é sexual
Nós não temos medo nem das consequências
Nós não  nos guiamos pela nossa razão


Ainda somos fortes e esperançosos
Nos tornamos fracos na hora de amar
Não amamos muito, só o necessário
Até mesmo os fortes podem se queimar


Não somos nossas palavras mal interpretadas
Nós só somos vítimas do próprio azar
Nossas prioridades já não são as mesmas
Somos só humanos, podemos mudar...

sábado, 23 de outubro de 2010

Um pesadelo (No meu momento)

Tive um pesadelo do qual não acordava
Bocas se abriam e  não se ouvia palavras
Por mais que todos parecessem estar gritando
Amedrontado, eu fingia estar escutando

Quando acordei era eu quem estava sem palavras
Olhei pra fora e o mundo todo me chamava
Eu, cauteloso e preguiçoso, hesitava
O mundo todo, me chamando, me esperava
 
Mas não me espere, vou devagar
Ora a  hora passa, ora parece demorar
Não mais que eu, não mais do que meu tempo
Mas acontece que eu estou no meu momento

No meu momento de fugir do que não sou
Do que você quis, ou do que você esperou
Mas não me apresse, vou demorar
Se me conhece, é melhor não me apressar.

O verdadeiro medo

Não há medo de dizer,
Há medo da incompreensão.
Não há medo de ir,
Há medo do lugar.
Não tenho medo da escolha,
Tenho medo do erro;
E o medo de me arrepender me deixa arrependido.


Não tenho medo de você
E nem do seu olhar,
O medo é apenas de mim mesmo
Do que posso te fazer pensar.
Não tenho medo e tenho tanto medo ao mesmo tempo;
O medo é passageiro, dura a vida inteira, ou  apenas um momento.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um tanto quanto...



Se lhe faltasse um momento para ser,
Então, eu seria eu mesmo por você.
Sabia que eu me amo, não me amo e me desprezo?
Eu me interesso, me desinteresso e (não) me quero.
 
Um tanto dramático? Sim, esse sou eu!
Os meus sapatos estão gastos mas são meus!
De que adianta  fechar os olhos... (sonhar) e voar,
Se ao abri-los estará no mesmo  lugar?

Sabe procurar? Tem os pés no chão?
Quem não (se) procura está fadado à solidão.
Mas não à solidão de quem não tem a quem amar,
E, sim, àquela de quem nunca irá se encontrar.